MINERAÇÃO – SUBSIDIÁRIA DA COLOSSUS DEVE PERDER CONTRATO DE PARCERIA

Processo tramita na justiça e recebeu aval dos sócios para o fim da parceria

Sociedade aprovou por unanimidade o fim do contrato com a Grito
Sociedade aprovou por unanimidade o fim do contrato com a Grito

Em uma Assembleia Geral Ordinária – AGO, realizada na manhã deste domingo conforme convocação feita por Edital, os sócios da Cooperativa Mista do Garimpo da Cutia – COOMIC, aprovaram por unanimidade o fim do contrato de parceria entre a entidade e a empresa Grifo Geologia e Participações LTDA, empresa do grupo canadense Colossus Minerals Inc,.

O fim do contrato tramita na justiça e para fortalecer os pedidos para que seja definitivamente rompido foi levada a apreciação da Assembleia Geral que por aclamação e por unanimidade votou a favor do fim da parceria que previa uma divisão de lucros de 75% para a empresa e 25% para a cooperativa, sendo que a entidade entraria com a área e as documentações, como Alvará de Lavra, por exemplo, e a empresa teria a responsabilidade de arcar com todos os custos para pesquisa e implantação do projeto.

Corpo técnico que vai atuar na nova parceria
Presidente da COOMIC apresentou corpo técnico, novos parceiros da cooperativa

A Grifo chegou a sondar mais de 20 pontos na área de 629 hectares pertencentes à COOMIC, porém no início de 2014 começou a descumprir clausulas contratuais e abandonou a área ficando segundo a diretoria sem nenhuma comunicação com a cooperativa: “Não podíamos ficar parados, esperando o dia que a empresa iria fazer contato, por isso estamos rompendo o contrato e buscando novas alternativas para desenvolver o projeto na área”, explicou Raimundo Lopes.

Além do final do contrato com a Grifo, a Assembleia ainda aprovou as contas do exercício 2014 da entidade e elegeu o novo Conselho Fiscal composto por três membros efetivos e três suplentes. Ainda na AGO a sociedade também aprovou uma nova parceria, desta vez, da entidade com profissionais que irão ajudar a desenvolver um projeto mineral descrito pela diretoria da entidade de “projeto mais ágil”, que irá possibilitar o aproveitamento de mais de 95% do minério primário e secundário, como afirmou o engenheiro peruano Guamarra que estará trazendo a tecnologia para a Cutia.

Na equipe ainda estão administradores, técnicos, engenheiros, geólogos e o mais importante, investidor que dará total subsídio financeiro para o negócio em um novo modelo de parceria que também terá divisão de 75% a 25%, mas na certeza de produção e com total isenção de investimento por parte da COOMIC.

Na AGO ainda foi eleito Conselho Fiscal
Coselho Fiscal – Membros efetivos, Bernardino da Cruz Mendonça, Maria de Jesus de Limamendes, Vicente De Oliveira Araújo, Membros Suplentes: Francisco Ferreira de Sousa, José da Silva, José Raimundo Neres

Na apresentação do modelo de aproveitamento mineral Gumarra afirmou que será possível beneficiar 100 toneladas de minério por dia, extraindo mais de 95% do ouro e metais nobres: “É possível que esse percentual chegue a 99% com a tecnologia, esperamos agora apenas as documentações e licenças necessárias para iniciar os trabalhos”, comentou o peruano.

Sobre as licenças e documentações o presidente da cooperativa disse que já tramita na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará – SEMMA, e também em Brasília do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e devem ser liberadas ainda no primeiro semestre desse ano.

“Como sabemos essas documentações são complexas, requer muitos estudos e comprovações de capacidades, mas já estamos em faze avançada e tão logo sejam liberadas vamos começar a desenvolver o projeto, e certamente buscar nosso objetivo que é repartir com a sociedade o que é de direito”, explica Raimundo Lopes, preside da COOMIC.

Raimundo Lopes apresentou Gumarra, engenheiro peruano que desenvolveu o projeto de aproveitamento do mineiro
Raimundo Lopes apresentou Gumarra, engenheiro peruano que desenvolveu o projeto de aproveitamento do mineiro

Consolidado o projeto, será o primeiro a produzir no distrito mineiro de Serra Pelada depois do fechamento do garimpo e no modelo de parceria, com o diferencial da participação de investidores independentes e total acompanhamento e participação da cooperativa em todo projeto.