Conta de energia elétrica ficará mais cara no Pará

A conta de energia elétrica no Pará vai ficar mais cara. Começou a funcionar na última quinta-feira (1º) o Sistema de Bandeiras Tarifárias, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que conta com as cores verde, amarela e vermelha – indicando as condições de geração de energia no país.

Segundo o órgão, a bandeira verde significa “custos baixos” para gerar a energia e nenhum acréscimo na tarifa. A bandeira amarela, por sua vez, indica um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando e a tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (KWh) consumidos.

Já a bandeira vermelha sinaliza que a oferta de energia para atender a demanda dos consumidores ocorre com maiores custos de geração, como, por exemplo, o acionamento de grande quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas. Nesse caso, a tarifa sofre acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 KWh consumidos.

Consumidor
O aposentado Valdemar Silva é aposentado e para garantir uma renda extra construiu quatro cômodos para alugar, que possuem apenas uma lâmpada. Antes, a conta de energia elétrica não passava dos R$ 20 por mês. Até que em agosto do ano passado veio o susto: uma conta de R$ 2.000.

“Eu fico muito preocupado com isso. Eu não posso. E aí, como vai ser? Será que eu vou trabalhar só para a Celpa?”, questiona-se.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), o Pará tem pouco mais de dois milhões de unidades consumidoras de energia elétrica. Desse total, 1,6 milhão são de consumidores residenciais.

“Se você consome até 100 kw/h, no mês, o que significa quatro bicos de luz, ventilador e geladeira, significa três reais a mais. Se você pula para 200 kw/h, e uma grande quantidade da população está nessa faixa, você vai pagar R$ 6. E aí é proporcional ao consumo”, explica Roberto Sena, do Dieese.

Em agosto de 2014, a Aneel autorizou um reajuste de 34% na tarifa cobrada no estado.

 

Fonte: G1