CURIONÓPOLIS: MANIFESTANTES PROMETEM VOLTAR AS RUAS DIA 03

Já circula nas redes sociais o convite para que a população de Curionópolis volte as ruas no dia 03 de agosto, data marcada pelo movimento denominado “Vem pra rua Curionópolis” que agrega membros de outro grupo de rede social chamado “Filhos de Curionópolis”.

A manifestação ainda é contra a decisão do desembargador Roberto Goncalves De Moura concedeu favorável ao Agravo de Instrumento que retornou ao cargo o prefeito Adonei Aguiar – DEM, no dia 19. Depois da decisão aumentou o clima de instabilidade política, mais ainda com demissão de funcionários da Prefeitura.

Para entender melhor a situação política do município, é preciso analisar alguns pontos específicos. Adonei por não ser erradicado em Curionópolis há muito tempo, foi taxado por alguns grupos como “forasteiro”, a situação se agravou quando ao assumir a gestão o prefeito deu mais oportunidade a profissionais de outros municípios nos cargos de confiança e secretariados.

Eleito como oposição do então prefeito Chamonzinho – PMDB, Adonei passou a ser uma “segunda via” na política local, que até então se polarizava nesses dois lados, mas, com o atual clima político e o desentendimento com a vice-prefeita Quélia Rosa – SD o cenário passa a ter então uma terceira via, essa terceira via se embasa justamente na referência de filhos ou pioneiros de Curionópolis.

A quem diga que o grupo da vice-prefeita e do ex-prefeito Chamonzinho sejam um só, mas a especulação perde força com o distanciamento do esposo da vice o empresário e pecuarista Alfinete, e mais ainda quando o vereador Gildásio – PSD entra no cenário como a “esperança” da comunidade local no Poder Legislativo.

Mesmo com a forte pressão o prefeito Adonei afirma que nesse segundo semestre irá dar andamento nas obras de infraestrutura e ações de assistência social além dos setores de saúde e educação. Aparentando não ter sentido o afastamento, o prefeito fala veementemente contra quem se opõe a sua gestão e afirma que irá concluir seu mandato.

COMÉRCIO LOCAL – Nesse impasse o comércio local acaba sendo o mais afetado, em um município de economia volátil dependente dos recursos públicos e do pouco que absorve dos funcionários das empresas as divergências políticas acabam desestruturando ainda mais o empresariado local.

O cenário piora com a inexistência de uma Associação Comercial consolidada, o que deixa o comércio ainda mais desamparado, tanto no que concerne à administração pública, quanto na vinda de empresas para o município que sem cobrança ou representação de classe acabam “pintando e bordando” deixando o município com uma economia cada vez mais fragilizada.

A Associação Comercial, se existente e atuante poderia efetivamente cobrar por exemplo a instalação dos escritórios das empresas no município, prioridade para o comércio local e ainda solicitar que a mão de obra do município fosse absorvida pelas empresas como forma de mitigar os impactos gerados.

CÂMARA MUNICIPAL – De recesso mesmo com publicação de alguns decretos o Poder Legislativo aparenta estar apático quanto ao atual momento vivido no município o que pode mudar com o fim do recesso e retorno dos trabalhos Legislativos e a forte pressão popular. Vale ressaltar que essa pressão popular não está focada apenas na administração pública, mas também nas empresas que se instalam no município e não estariam dando oportunidade a mão de obra local.

Especula-se ainda que uma cadeira da Casa de Leis esteja na eminencia de ficar vaga, segundo comentários de pessoas politizadas do município há vereadores com processos tramitando na justiça que pode inviabilizar a continuidade do mandato, suplentes já estão inclusive eufóricos.