Vereadora Eliene sugere que 5% das moradias populares sejam destinadas a mulheres vítimas de violência

A maioria das mulheres vítimas de violência está morrendo, predominantemente, no espaço doméstico, que hoje não é mais seguro, visto que 68% dos homicídios ocorrem dentro da própria casa e, muitas das vezes, em frente de crianças”. É o que diz trecho da Indicação nº 99/2018, de autoria da vereadora Eliene Soares (MDB), na qual sugeriu ao prefeito Darci Lermen que disponibilize 5% das moradias populares construídas pela prefeitura às mulheres vítimas de violência conjugal, amparadas pela Lei Maria da Penha. A proposição foi apresentada na sessão da Câmara Municipal de Parauapebas da última terça-feira (10).

Eliene Soares relatou na matéria que a maioria das mulheres vítimas de violência doméstica sente-se dependente financeiramente, torna-se submissa a um cotidiano de violência e se vê materialmente impedida de romper os laços, bem como sair do ambiente opressor e violento que são suas residências.

Muitas mulheres continuam a dividir a mesma residência com o agressor por não terem para onde ir e, desta forma, ficam à mercê de novas práticas de violência física e psicológica. A propositura aqui apresentada visa criar instrumento para que as mulheres de Parauapebas, vítimas de violência conjugal, sejam amparadas pelo município e possam reconstruir suas vidas em outro lar, deixando todo abalo psicológico causado a elas naquele ambiente e longe fisicamente de seu agressor, para que não se torne um futuro algoz”, argumentou.

A indicação foi aprovada por todos os vereadores presentes e será enviada ao prefeito Darci Lermen, para que analise a viabilidade da solicitação.

Texto: Nayara Cristina
Revisão: Waldyr Silva
Foto: Anderson Souza / Ascomleg