Servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) realizaram vigilâncias em pragas quarentenárias que atingem as culturas de banana e citros. O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 deste mês de abril, no Projeto de Assentamento (PA) Tapete Verde, município de Parauapebas, sudeste paraense.
Além de realizar o levantamento fitossanitário, as atividades também levaram orientações de educação sanitária e divulgações da Guia de Trânsito Vegetal (GTV) do açaí, bem como o cadastramento do plantio ou extrativismo.
Nas propriedades inspecionadas não foram detectadas as pragas quarentenárias, como o FOC R4T (bananeira), Cancro Cítrico, Greening e Pinta Preta (pragas dos citros).
“As ações de monitoramento fazem parte das ações da Gerência de Pragas Quarentenárias, que possui um levantamento semestral. Nos colocamos à disposição da liderança para uma futura palestra com os produtores da região”, disse o agrônomo Raimundo Junior, que participou das atividades. Junto com ele, também colaborou com a ação o agrônomo Vandeilson Belfort e o agente fiscal Edenilton Leite.
Na oportunidade, foi divulgado aos produtores sobre os benefícios da GTV açaí e a importância desta Guia, que proporciona rastreabilidade da cadeia produtiva do fruto, gerando melhores políticas públicas para este fruto.
FOC R4T– Conhecida como Mal-do-Panamá, essa doença causa amarelecimento e murcha nas plantações de banana. A Adepará, por meio da Gerência de Pragas Quarentenárias (GPQ), trabalha para evitar a ocorrência dessa praga em território paraense.
O FOC R4T já foi detectado em países próximos ao Brasil, fato que favorece o desenvolvimento de atividades de monitoramento e educação sanitária ao produtor.
As áreas de plantio no Pará estão em crescimento, divididas em pomares comerciais e familiares. Os produtores correm o risco de ataque de pragas que podem gerar prejuízos e custos maiores na produção e impõem limitações ao trânsito vegetal.
Citros– O monitoramento de pragas dos citrus como: Greening, Pinta Preta e Cancro Cítrico é uma atividade que ocorre semestralmente nos polos citrícolas do Pará e torna-se um dos critérios para a manutenção do status de Área Livre, garantindo, assim, a exportação da produção citrícola paraense.
Para o trânsito de citros (limão, tangerina, laranja), a carga precisa estar acompanhada da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV). A PTV garante que os frutos saíram de Área Livre e estão isentos de pragas, o que possibilita a abertura e manutenção de mercados.
Pelos próximos dias, as atividades continuarão sendo executadas pela equipe no município de Parauapebas, com o monitoramento das pragas, Guia de Trânsito Vegetal e orientações quanto à notificação de suspeita de pragas que possam atingir as plantações.
Por: Lorena Beltrão (Adepará)