Buritirama Mineração cobra indenização de 2,5 bilhões do banco Santander na Justiça

Grupo de bancos estaria agindo com interesses escusos para prejudicar a mineradora, mas a Justiça colocou ordem na casa e agora a Buritirama busca reparação dos danos sofridos junto ao Poder Judiciário

Depois de levar várias “caneladas” desferidas por um grupo de instituições financeiras, liderados pelo banco Santander, originário da região Cantábria, na Espanha, capitaneado pelo presidente, Sérgio Agapito Lires Rial, a Buritirama Mineração resolveu “peitar” o grupo de bancos porque ele negava que a atividade industrial da mineradora não era desenvolvida no Estado do Pará.

No entanto, nos últimos meses, a Justiça definiu que, como a atividade é desenvolvida em terras paraenses, o Poder Judiciário do Pará é a instância competente para julgar as demandas judiciais da Buritirama. As filigranas jurídicas utilizadas pelo Santander deixaram o meio empresarial com a “pulga atrás da orelha”, porque os bancos surpreenderam a mineradora com vários processos, sem qualquer negociação anterior, alegando falta de competência da Justiça do Pará para julgar os casos.

Desconfiada da maracutaia praticada pelo grupo de bancos, a Buritirama Mineração moveu um processo contra as instituições financeiras, cobrando 2,5 bilhões, por prejuízos causados pelos bancos à empresa de Marabá. A discussão compreende a demonstração de atos nocivos aos empregos e atividade da empresa, além de pedidos de investigação pelos órgãos de controle do Pará.

Durante toda a negociação com os bancos, a Buritirama manteve os mais de 3.500 empregos diretos e indiretos, na Região do Rio Preto, na zona rural de Marabá. A alegação da mineradora é que as ações maldosas dos bancos causaram graves prejuízos financeiro e social.

Estudos revelaram que as relações promíscuas, encabeçadas pelo banco Santander, possuem interesses escusos não revelados nas ações movidas, porque as operações bancárias foram celebradas com a finalidade de favorecer contabilmente os próprios bancos. Dias depois, as execuções eram ajuizadas como se fossem operações comuns, curiosamente num contexto em que o câmbio se encontrava descolado de um padrão anterior praticado no mercado.

A Buritirama possui um ativo social enorme, pois além de gerar 3.500 empregos diretos e indiretos, na Região do Rio Preto, a empresa ajuda a Prefeitura de Marabá (PMM) a realizar a manutenção dos cerca de 140 km da Estrada do Rio Preto, por onde ocorre o escoamento da produção da agricultura, comércio e pecuária, investe na construção e reforma de escolas, fomenta a cultura e ajuda a levar atendimento médico a várias comunidades, entre outras ações sociais.