O Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) da Folha 13 e o anexo na folha 33, estão em pleno funcionamento transformando vidas. Só na Nova Marabá, o serviço de proteção social registra 18,5 mil famílias que têm buscado no centro, orientações e acesso às políticas socioassistenciais.
Há dois anos, o adolescente Webert Vitor Cardoso Lacerda, de 15 anos, participa do Projeto Ceaca (Centro de Apoio a Criança e ao Adolescente), que mantém uma oficina de artesanato de brinquedos no CRAS da Folha 13. As peças de madeira fabricadas na oficina recebem o acabamento com um toque especial de outro grupo, geralmente formado pelas meninas da pintura, para depois serem comercializados. Webert afirma que, desenvolvendo esta atividade, na convivência em grupo, teve a vida transformada.
“Eu aprendi a ter melhor controle das coisas, me relacionar melhor, na questão do trabalho já tenho conhecimento de tudo. Aqui no Ceaca tem um dinheiro que vem pra gente, e isso ajuda muito em casa, comida, roupa, ainda moro com os meus pais”, ressalta o adolescente.
Através do Sistema Único de Assistência Social (Suas), a Prefeitura de Marabá oferta à comunidade em situação de vulnerabilidade da Nova Marabá, serviços como o Cadúnico; Programa de Atenção Integral às Famílias (PAIF); Grupo de serviço e Fortalecimento de vínculos; Grupos socioeducativos, de idosos e de mulheres; Projeto Futuro Melhor; Criança Feliz, Atendimento/Acompanhamento Social e Psicossocial, além de Atendimento Psicológico.
“A política da assistência é para quem dela necessita, pessoas ou famílias em vulnerabilidade, de ordem econômica ou social. Nosso público são os idosos, grávidas, mulheres, adolescentes em conflitos, egressos, LGBTQIA +, com a garantia de direitos deles e não podemos esquecer que aqui combatemos qualquer tipo de preconceito”, enfatiza Kelly Cortez, coordenadora do CRAS.
Trabalho em Rede
A assistente social, Tânia Guimarães, explica que sendo o Cras a porta de entrada para as políticas sociais, é por lá que são feitas as análises e encaminhamentos das pessoas ou famílias aos serviços mais adequados à demanda. Um trabalho em rede, que muitas das vezes engloba outras áreas, a exemplo do conselho tutelar, Creas (onde os vínculos foram violados), saúde e educação.
“A gente faz o acompanhamento, visita domiciliar, procura fazer com que o indivíduo saia da vulnerabilidade. Nós queremos promover o indivíduo, capacitar para o mercado de trabalho, incentivar, não é só viver do assistencialismo”, frisa a assistente social.
Para incentivar as famílias a sair da vulnerabilidade, o Cras trabalha os serviços de convivência com cada grupo, onde são ofertadas as palestras, oficinas, orientações de planejamento familiar, no caso das gestantes, além do acompanhamento escolar das crianças.
“Temos também os benefícios eventuais, que são as cestas básicas, leite, enxoval com acompanhamento da gestante, aluguel social. E ainda o BPC [Benefício de Prestação Continuada], do INSS, que é o Benefício de Prestação Continuada para idosos e portadores de deficiência”, descreve.
Para conhecer os serviços e o funcionamento ofertados pelo Cras da folha 13, próximo ao Colégio Militar Rio Tocantins (CMRio), basta procurar o centro durante a semana entre 08 às 18h.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Leydiane Silva e Aline Nascimento