Os deputados da Comissão Externa de Barragens irão visitar nesta sexta-feira, dia 07 de Junho, as dependências do projeto Salobo, que está localizado em Marabá, Sudeste paraense. O projeto está inserido na Floresta Nacional (Flona) Tapirapé-Aquiri, cerca de 90 Km de Parauapebas, situado à margem direita do Igarapé Salobo, afluente do Rio Itacaiunas.
A Vale, empresa proprietária do projeto, mantém parceria com a Prefeitura Municipal de Marabá, para a manutenção e revitalização do canteiro de mudas.
Pelo roteiro de viagem, os deputados embarcam para Marabá nesta quinta (06), à tarde, desembarcando à noite. No entanto, somente se deslocarão para as dependências da empresa no outro dia. De manhã cedo viajam em carros para Parauapebas, e em seguida, de micro-ônibus da Vale, se deslocam para a mina. A chegada de volta a Marabá está prevista para ocorrer de noite. O embarque para Belém ocorre na madrugada de sábado (08).
A comitiva será composta e coordenada pela presidente da Comissão, deputada Marinor Brito (PSOL), e ainda contará com os seguintes membros titulares: Toni Cunha (PTB); e Heloisa Guimarães (DEM).
A deputada Marinor Brito explica que o deslocamento e as vistorias que serão lá realizadas foram demandadas na Audiência Pública em Marabá, realizada quando da Sessão especial da ALEPA, no dia 04 de abril passado.
“Vamos para cumprir mais uma etapa de vistorias de barragens, considerando a importância que tem a mineração que ocorre em Marabá, no projeto Salobo, por estar entre as barragens consideradas de alto risco pela classificação da Agência Nacional de Mineração, e pelo tempo que está instalada no Pará”, informou a deputada Marinor Brito.
Para a deputada a visita terá a função ainda de averiguar denúncias recebidas. “As denúncias dão conta da existência de danos ambientais e sociais nas áreas do entorno e também nos rios do município, e por último, vamos analisar a preocupação da população pelo fato de não haver uma fiscalização nos empreendimentos”, disse.
A gestão e fiscalização adotadas pela Agência Nacional de Mineração – ANM são chamadas de responsiva, em conjunto onde existe um auto monitoramento, através de um sistema com 21 parâmetros, onde as empresas fazem reportes de dados semanais ou quinzenais, dependendo da classificação da barragem.
No Pará, segundo dados da ANM, existem 69 barragens cadastradas com potencial alto de danos ambientais e outras com alto risco de desabamento, mas nenhuma delas está enquadrada nas duas situações. Só existem três barragens no Brasil classificadas em ambas as categorias consideradas. Segundo a Agência, 41 barragens já foram vistoriadas fisicamente este ano no Pará e todas estão dentro dos padrões exigidos pela legislação. Outras 67 barragens ainda serão visitadas este ano.
O Salobo é o segundo projeto de cobre desenvolvido pela Vale no Brasil. A mina entrou em operação em novembro de 2012. O empreendimento tem capacidade nominal estimada de 100 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. Com a expansão da operação, o Salobo II, a capacidade de produção do empreendimento será duplicada para 200 mil toneladas anuais do produto.
Salobo envolve a operação integrada de lavra a céu aberto, beneficiamento, transporte e embarque. O escoamento da produção é feito por rodovia, da mina até terminal ferroviário existente da Vale em Parauapebas (PA), de onde é transportada pela Estrada de Ferro Carajás até o terminal marítimo de Ponta da Madeira (MA).
Em 2013, a unidade produziu 65 mil toneladas de cobre contido em concentrado. No primeiro semestre de 2014, foram produzidas 40,8 mil toneladas do produto. O cobre é um dos metais mais utilizados no mundo hoje, atrás apenas do ferro e do alumínio, sendo largamente empregado na geração e na transmissão de energia, em fiações e em praticamente todos os equipamentos eletrônicos – como a televisão e o telefone celular.
Uma vistoria noticiada realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), de Marabá, em conjunto com o CREA-PA, no empreendimento da VALE S/A no Projeto Salobo Metais, ocorrida em novembro do ano passado, constatou que o licenciamento estava em dia. A Vale é a proprietária das barragens de rejeitos de Mariana e de Brumadinho, ambas em Minas Gerais.
Assessoria de Imprensa e Divulgação da Alepa