Descaso da BRK Ambiental gera reação do Poder Legislativo

A falta de abastecimento de água potável, cobrança indevida e custos extras levaram o Poder Legislativo de Curionópolis a por em pauta a atuação da BRK Ambiental no município. A mesa diretora da Casa de Leis recebeu e colocou em apreciação a solicitação do vereador Alexandre Santos – PR que solicita esclarecimentos da empresa concessionária.

O requerimento do vereador votado e aprovado por unanimidade solicita que no prazo de 15 dias haja um comparecimento de um representante da empresa na Casa de Leis para prestar esclarecimentos, em defesa, o legislador afirma que “há falta de água em vários bairros, dentre os quais destaco Miguel Chamon, Planalto e Cofapac“.

A atual empresa de fornecimento não é a mesma que recebeu há cerca de 20 anos a concessão, na época quem firmou contrato com o então prefeito Sebastião Curió o direito de explorar economicamente a atividade foi a Saneatins, que também foi alvo de reclamações inclusive de desperdício de água, reveja, Clique Aqui!

Em 2014 a empresa passou a adotar o nome de Odebrecht Ambiental afirmando que haveria uma revolução no atendimento, contudo as reclamações continuaram, fazendo com que a empresa adotasse nova mudança passando a se chamar BRK Ambiental. Desde abril de 2017, a Brookfield detém 70% das ações da BRK, a companhia detentora desse percentual de ações é canadense que chegou ao Brasil em 1899 e administra ativos em mais de 30 países, nos cinco continentes. Sem deixar claros os termos de contratos e falta de transparência quanto aos investimentos a BRK também foi alvo de protestos, como mostra reportagem do jornal Correio de Carajás

Nós do Repórter30 recebemos denúncias de moradores afirmando que a empresa proíbe que seja feito poço em casa, ficando assim o consumo restrito ao fornecimento da BRK, fornecimento esse não que não está chegando as torneiras, segundo morador do Cofapac, que mandou essas imagens mostrando que está usando água captada da chuva.

O presidente da Casa, vereador Magno Santos lembrou que a empresa já havia sido convidada a prestar esclarecimentos, como não houve retorno se deu a necessidade de uma Convocação formal feita por meio do Requerimento do vereador Alexandre Santos.
Havendo recusa a Câmara irá formar uma Comissão específica para tratar do caso“, lembrou o presidente.

Chegou a se cogitar que se a não cumprir com suas responsabilidades pode perder a concessão e se tornar uma autarquia, ou seja, o município passaria a ser operador do fornecimento de água e esgoto, como acontece em Parauapebas, por exemplo, com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep).

Vereador Junior Adolfo falou da inconstitucionalidade da suspensão do fornecimento de água às vésperas de final de semanas e feriados