Entre os ajustes está a inclusão de pessoas com deficiência e em situação de rua nos grupos prioritários de imunização.
O Ministério Público do Estado do Pará recomendou à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Marabá que ajustem em até 10 dias o Plano Municipal de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19, para que fique de acordo com as diretrizes e ordem de prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI). A recomendação foi assinada ontem (8) pelas promotoras de Justiça Lílian Viana Freire e Mayanna Silva Souza Queiroz.
Entre os pedidos, as promotoras solicitam a inclusão das pessoas com deficiência nos grupos prioritários de vacinação. O mesmo deve ser feito com as que vivem em situação de rua, pois também estão mais vulneráveis à nova doença. O MP também requer a imunização drive thru para pessoas com deficiência ou comorbidades que tenham dificuldade de locomoção, criação de canal para agendar a vacinação em domicílio de pessoas acamadas e que seja feita a imunização em centros de atendimento para pessoas com deficiência e outros locais estratégicos que seja acessíveis para esse público.
Lílian Freire e Mayanna Queiroz também pedem que os gestores organizem os grupos prioritários, vacinando primeiro os profissionais de saúde na linha de frente, idosos acima de 75 anos e os que vivem em instituições de acolhimento. Logo após, deverão ser imunizados a faixa etária de 74 a 60 anos e, em seguida, pessoas com comorbidades (diabetes, pneumopatias crônicas graves, hipertensão, doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, renais, imunodeficientes, pacientes oncológicos e outros). Após encerrar a vacinação desses grupos, os próximos devem ser as pessoas com deficiência e indivíduos em situação de rua.
Segundo as promotoras, definir grupos prioritários é importante pois não há vacina para todos no momento e essas pessoas estão mais vulneráveis ao novo vírus. “ as estratégias de imunização da população devem levar em consideração não apenas o grau de exposição ao vírus, mas também o risco de que a doença evolua para casos graves e para óbito”, explicam no texto da recomendação.
Elas citam ainda informações do Ministério da Saúde, responsável pela elaboração do PNI. De acordo com o MS, não seguir a ordem do plano pode causar falta de vacinas para as pessoas que têm mais risco de adoecer ou morrer devido à doença.
Texto: Sarah Barbosa
Foto: Paulo Sérgio