Pelo terceiro mês consecutivo os resultados mostraram menor impacto no comércio desde o início do isolamento social

Na passagem de junho para julho de 2020, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista aumentou 5,2%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10) pelo IBGE.

A injeção de recursos, advindos principalmente do auxílio emergencial, possibilitou o reaquecimento do comércio e, combinada à reabertura da maioria das atividades comerciais, melhorou o desempenho da revenda de mercadorias no país. A injeção de recurso na econômia repercutiu em todo o território nacional, reduzindo o impacto do desemprego e da ausência de renda, uma vez que o benefício possibilitou que as famílias de baixa renda comprassem alimentos, fizessem pequenas reformas nas moradias e trocassem algum eletrodoméstico,melhorando consecutivamente as taxas de venda no comércio.

No Estado do Pará, tanto no comércio varejista quanto no comércio varejista ampliado (que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção) os resultados acompanharam essa mesma direção, registrando variação positiva no volume de vendas na comparação de julho com o mês imediatamente anterior (junho). Nesse sentido, a taxa de volume de vendas no comércio varejista do Pará variou 2,8%.

O resultado positivo do Pará tem a ver com a revenda de mercadorias dos grupos de hiper e supermercados; móveis e eletrodomésticos também acompanharam a alta no volume de vendas.

Já quando comparada com o mesmo mês do ano anterior, ou seja, julho de 2019, mês e ano sem o advento da pandemia, o Pará havia registrado taxa de vendas de 23,5%, ostentando a liderança no ranking nacional de volume de venda no comércio brasileiro.

Por sua vez, no comércio varejista ampliado, o Pará registrou variação positiva de 3,2% de julho em relação a junho, também abaixo da média nacional (7,2%). Essa variação positiva tem a ver, principalmente, com o aumento do volume de vendas na atividade de revenda de material de construção, dinamizada pelas pequenas reformas que a população de baixa renda realizou devido ao acesso aos recursos do Auxílio Emeegencial. Comparada com julho de 2019, o Pará havia registrado a taxa de 21,1%  no volume de vendas, um resultado bem superior ao desempenho atual no contexto da pandemia.

Em síntese, para o volume de vendas no varejo, o resultado para o mês de junho de 2020 fecha tanto o primeiro semestre quanto o segundo trimestre de 2020 com recordes históricos no campo negativo, para toda a série da Pesquisa Mensal de Comércio. Na primeira metade do ano, devido ao  período de isolamento social, as trajetórias dos indicadores, tanto do comércio varejista quanto do varejo ampliado, tiveram, nos meses de março e abril, seus pontos de maior intensidade negativa.

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