Cerca de 110 alunos do 6º ao 9º anos da Escola Nikkei, que foi idealizada e planejada pela colônia japonesa do município de Tomé Açu, participaram de uma palestra ofertada pela Polícia Civil sobre enfrentamento e prevenção ao Bullying dentro e fora do ambiente escolar. Gestores, professores e pais de alunos também participaram. A ação faz parte do projeto “Dav Itinerante”, coordenado pela Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), que tem como um dos objetivos, levar ações de prevenção a crimes contra crianças e adolescentes, e de violência doméstica e familiar do Estado.
O trabalho de conscientização foi realizado na sexta-feira (14), no auditório da Associação Cultural de Tomé-Açu (ACTA), no distrito de Quatro Bocas.
“Achei muito divertido esse momento. Nossos colegas puderam aprender sobre as formas de evitar a prática do bullying dentro e fora da escola. Infelizmente isso ainda existe em nossa sociedade, mas aprendemos com nossos pais e professores que isso é errado e não deve ser praticado”, pontuou Harumi Seki, que é da colônia imigração japonesa em Tomé-Açu, nordeste do Pará.
A indígena da etnia Tembé, Heikwenahy Postilho, de 12 anos, aproveita a oportunidade para conhecer mais formas de enfrentamento ao bullying. “Nossa escola tem alunos de etnias e costumes, mas o respeito é importante para que possamos viver bem e evoluir em sociedade. Os policiais trouxeram as formas de não reproduzir violências verbais, físicas, morais ou psicológicas, por exemplo”, disse a estudante.
A diretora da Escola Nikkei, Sra. Darcy Taketa Moreira, agradeceu a oportunidade de levar a ação para a alunos, professores da escola e de membros da comunidade nipo-brasileira e cidadãos locais. “Foi muito bom conhecer essa frente de trabalho da Polícia Civil. A abordagem preventiva do projeto “DAV Itinerante” é importante para que possamos aprender a identificar sinais de alteração de comportamento e acolher os alunos em situação de vulnerabilidade com apoio dos pais e de toda a rede de proteção aos grupos vulneráveis”, pontuou.
De acordo com a delegada Ariane Melo, titular da DAV, o trabalho integrado da Polícia Civil é realizado de forma estratégica. “A educação é uma importante ferramenta para o enfrentamento a crimes contra grupos vulneráveis, por meio dela podemos utilizar temáticas acessíveis para que crianças, adolescentes, mulheres e outros grupos vulneráveis, possam ter conhecimento para identificar possíveis violações de direitos e denunciar”, contou a diretora da DAV.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, os trabalhos seguirão até a próxima sexta-feira (21) com o reforço de equipes especializadas que atuam no acolhimento de ocorrências, apurações de denúncias, realizando de intimações, escuta especializada e de condução de inquéritos de crimes de abuso sexual, estupro de vulnerável e violência doméstica contra a mulher.
Denúncias – De acordo com a PC, as denúncias podem e devem ser feitas, por meio do aplicativo WhatsApp 91 98115.9181, ou pelo Disque-Denúncias, número 181. Em todos os contatos o sigilo e o anonimato são garantidos.
fonte: Agência Pará