Com o tema “Saberes, Fazeres e Lugares: Salvaguardando o Imaterial de Parauapebas”, a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e o Museu Municipal Hilmar Harry Kluck realizaram o 3º Seminário de Patrimônio Cultural de Parauapebas, nos dias 22 e 23 de maio.
Em sua terceira edição, o seminário faz parte da programação da 23ª Semana Nacional de Museus, e propõe a reflexão e o debate sobre a preservação da memória e das expressões culturais que compõem a identidade do município.
“Quando a gente pensa em Parauapebas, a gente pensa a partir da emancipação. Mas as nossas raízes estão muito para além disso. Então, Parauapebas é um território, que é indígena; é um território, que é negro; é um território, que é camponês, muito além do que a gente conhece como a exploração mineral”, destaca Tato Correa, mediador cultural e palestrante no seminário.
Reunindo pesquisadores, ativistas culturais, gestores públicos, educadores, estudantes e a comunidade em geral, o evento se consolida como uma iniciativa fundamental para promover o diálogo entre saberes tradicionais e acadêmicos, fortalecendo as políticas públicas de cultura e patrimônio na região.
“O tema é uma reflexão sobre o próximo passo que o museu tem que tomar. O que é o bem imaterial? É a culinária? É o ato de comer aquela comida? Não. Mas é como historicamente aquela comida foi feita, passada de mãe para filho; o aprendizado do avô, que passou para os netos; então é esse saber. E é essa memória que de fato reproduz a nossa cultura. Então essa é a ideia do seminário: pensar o futuro do patrimônio imaterial do município”, explica Rebeca Valquiria de Souza, diretora do museu municipal.
Para a secretária adjunta da Secult, Josy Leal, o seminário também reforça a importância da existência do museu municipal.
“Parauapebas é um dos poucos municípios que têm museu, onde a gente pode expor e contar um pouco da história do nosso município. Acredito que muitos ainda não conhecem a história de Parauapebas e nosso museu está aqui, apesar de muita luta. E agora contamos também com o apoio do nosso prefeito Aurélio Goiano, para ampliar o museu de Parauapebas”, comenta.
A programação do 3º seminário contou com mesa-redonda, no dia 22, com o tema “Vozes da Tradição – Saberes e Fazeres como Patrimônio Vivo”. Já no dia 23, o assunto abordado foi “Lugares de Memória – Territórios e Identidades Culturais em Parauapebas”.
Texto: Sara Dias
Fotos: Irisvelton Silva
Fonte: Prefeitura de Parauapebas
