Em Assembleia Geral da categoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP) realizada na tarde desta quinta-feira (30/11), os professores da rede pública municipal de Curionópolis decidiram paralisar suas atividades a partir desta segunda (04/12).
A paralisação da categoria está relacionada à ausência de reformas das escolas que afetam as condições de trabalho de professores. Na zona rural do município, por exemplo, a situação é mais crítica, ventiladores quebrados, salas com infiltrações, janelas com vidros quebrados e situações que comprometem a segurança de professores, merendeiras, vigias e alunos. A maioria das escolas da zona rural também não recebeu a “maquiagem” da pintura do governo municipal.
A “maquiagem” da pintura não reflete em um ambiente melhor para os trabalhadores da rede pública, quando avalia-se ainda que a parte interna das salas de aula continuam com inúmeras infiltrações durante o período chuvoso, bibliotecas mal equipadas com livros expostos à poeira e à chuva, banheiros inutilizados em virtude da ausência de manutenção, ausência de ambientes climatizados, telhados com buracos e ausência de materiais mínimos para a prática pedagógica.
“O governo municipal atrasou o calendário deste ano de 2017 assegurando que faria as reformas prometidas ainda no começo deste ano. Fato este que não aconteceu, ocasionando transtornos não somente ao calendário, como também as condições de trabalho dos profissionais que estão inseridos no âmbito escolar”, destacou o coordenador-geral do SINTEPP, Hebber Kennady.
Reformas – A situação crítica das escolas da zona urbana e rural tem afetado não somente as condições de trabalho dos professores, vigias, merendeiras e demais profissionais, mas alunos que também sofrem com o calor demasiado durante o período quente e goteiras durante o período chuvoso.
Recursos abundantes – a Prefeitura Municipal de Curionópolis também é uma das menos transparente da região em que os gastos com o funcionalismo público não são evidenciados em portal específico. Além disto, a Prefeitura recebeu em fevereiro deste ano uma verba de complemento da união estimada em quase um milhão de reais, até o momento, não se sabe a destinação deste recurso. O crescente aumento dos royalties relativos à exploração mineral também não teve impacto nas obras estruturais da cidade. Para piorar a situação, o SINTEPP também não recebeu a folha analítica, tendo que ingressar na justiça para obtê-la.
Falta de diálogo – A coordenação do SINTEPP ainda destaca a ausência de diálogo com o governo que se omitiu em agendar ainda no mês de novembro uma reunião para discutir pontos de pautas relevantes para a categoria, dentre eles, a destinação dos recursos do FUNDEB e o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
Assessoria de Imprensa do SINTEPP
Subsede Curionópolis
Jornalista responsável: DRT 0002930/PA
Repórter30 – Entramos em contato com gabinete da Prefeitura Municipal mas não obtivemos respostas até a publicação dessa matéria.