Promotoria visita iniciativas femininas que empoderam comunidades em Parauapebas

Nesta terça-feira,26, o Ministério Público do Estado do Pará, por meio da titular da 12ª Promotoria de Justiça Agrária de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan, defensora dos direitos das mulheres do campo, dentre outras atividades, realizou, nesta terça-feira (26), visita especial ao município de Parauapebas, na qual dedicou-se exclusivamente a conhecer o trabalho de mulheres empoderadas que têm feito a diferença na região, com destaque para os institutos Mulheres de Barro e Mulheres de Areia, o grupo Preciosa Amazônia e o projeto Ké Mel.

Os institutos e grupos visitados pela Promotora de Justiça, Alexssandra Muniz Mardegan atuam da seguinte forma:

Preciosa Amazônia (@preciosa_amazonia):

O grupo “Preciosa Amazônia” é história de superação e resiliência. Fundado por uma mulher que foi vítima de violência sexual e doméstica, o grupo tem como missão ressignificar a trajetória de outras mulheres em Parauapebas. A história de luta e persistência de sua fundadora deu origem a esse grupo que visa o resgate e pertencimento de mulheres na comunidade que compartilham histórias de vida semelhantes, marcadas por abusos e traumas.

Através da força, coragem e sentimento de pertencimento, o grupo trabalha incansavelmente para elevar a autoestima e promover a conscientização das mulheres, capacitando-as para serem protagonistas de suas próprias histórias. É uma inspiração para todas as mulheres que buscam superar adversidades e dar novo significado a sua vida.

Assim nasceu um trabalho de manejo sustentável de sementes transformadas em verdadeiras joias. Além da beleza, as biojóias produzidas também carregam consigo o potencial da cultura regional e da diversidade amazônica.

Mulheres de Barro (@centromulheresdebarro):

A cooperativa “Mulheres de Barro” representa a força e a persistência das mulheres em Parauapebas. Fundada por uma artesã local, que dedicou anos ao trabalho artesanal na região, a cooperativa promove a integração entre mulheres que compartilham o mesmo propósito. Elas não apenas produzem peças de artesanato, mas também capacitam grupos externos, compartilhando conhecimento e promovendo o desenvolvimento econômico, sempre com foco na autonomia financeira de suas cooperadas.

Além disso, o grupo realiza oficinas com o público externo interessado em adquirir habilidades no campo do artesanato e desenvolve atividades sociais, incluindo interações com crianças da comunidade, transmitindo valores importantes para as gerações futuras.

Mulheres de Areia (@mulheres_de_areia.pbs):

Na zona rural de Parauapebas, a Promotora de Justiça visitou o instituto “Mulheres de Areia”, cuja atividade é predominantemente liderada por mulheres da comunidade local. Elas se dedicam à produção gastronômica de produtos derivados da macaxeira, com um foco especial em massas 100% sem glúten. Com cerca de 31 mulheres envolvidas, o instituto conta com o apoio da gestão municipal, especialmente da Secretaria Municipal de Produção Rural – SEMPROR.

A história do grupo reflete a luta dessas mulheres em preservar o ambiente local, encontrando soluções agrícolas para a sustentabilidade. Elas produzem produtos orgânicos e diversas opções gastronômicas sem glúten e sem lactose, atendendo tanto o mercado interno quanto o externo. É uma prova de que, quando as mulheres se unem em torno de um objetivo comum, podem alcançar resultados extraordinários.

Ké Mel (@kemelquero):

O projeto “Ké Mel” tem uma história de 40 anos na zona rural de Parauapebas e desenvolve a apicultura sustentável. Inicialmente uma atividade familiar, o projeto evoluiu para uma abordagem associativa, com apiários integrados em diversas propriedades de associados. É uma fonte vital de renda para duas gerações.

“Esses quatro exemplos brilhantes de empoderamento feminino em Parauapebas ilustram como as mulheres têm desempenhado um papel fundamental na transformação da comunidade e na promoção do desenvolvimento sustentável. O Ministério Público do Estado do Pará orgulha-se em apoiar essas iniciativas inspiradoras e continuará defendendo os direitos das mulheres em todo o estado”, destacou a PJ Alexssandra Mardegan.

 

Texto e fotos: PJ Agrária de Marabá/ com edição da Ascom MPPA