Uma Sessão Especial realizada nesta segunda-feira (25), no plenário principal da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, discutiu sobre a demora para a liberação do licenciamento ambiental de aumento de produção do Projeto Serra Leste, operado pela Companhia Vale, de 6 para 10 milhões de toneladas. O projeto é desenvolvido no município de Curionópolis, localizado no sudeste do Pará, e está paralisado desde julho deste ano, aguardando a licença da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, o que vem afetando a economia da cidade e da região.
A solicitação da Sessão foi de autoria do deputado Eliel Faustino (DEM), líder da oposição. Ele informou que o objetivo da reunião era para que ocorra o mais rápido possível o processo de implantação da segunda fase do Projeto Serra Leste, que só pode acontecer se a liberação ambiental ocorrer.
“O nosso objetivo aqui não é a paternidade do projeto, queremos que o projeto Serra Leste continue em Serra Pelada para que a população e a prefeitura de Curionópolis não sejam prejudicados na medida em que a falta de operação da Vale no município retire de lá os trabalhadores”, discorreu. Para o deputado Faustino, os trabalhadores locais estão tendo que se deslocar para Parauapebas e Canaã e a paralisação está ainda impedindo a criação de novas vagas de emprego na cidade.
O prefeito de Curionópolis, Adoney Aguiar (DEM), informou que o projeto Serra Leste emprega mais de 700 funcionários diretos e mais de 300 indiretos, e que a economia do município gira em torno da mineração, mas a continuidade do projeto depende do licenciamento ambiental. “Hoje, as operações estão paralisadas, os funcionários estão deslocados para Parauapebas e para Canaã dos Carajás, ficando a semana toda fora”, acentuou Aguiar. Para o prefeito a situação é preocupante. “Com a licença ambiental, será possível retomar e aumentar a produção, além de gerar mais de 1200 empregos. Isso vai movimentar economicamente a cidade”, disse.
Para o prefeito a suspensão da produção da Vale já está afetando de modo significativo o município de Curionópolis. “A partir de janeiro vamos ter que diminuir nossa folha de pagamento, ficar com menos funcionários”, anunciou.
Participaram ainda da Sessão os deputados estaduais Delegado Caveira (PP) e Thiago Araújo (PPS); o presidente da Câmara Municipal de Curionópolis, Nonato Maranhense, os vereadores Nildes Oliveira (PSDB), Paulo Higino (PSDB), Aderbal (DEM), e Roldão (DEM); Williame Santos, presidente da Associação Comunitária de Curionópolis, e Nélson Silva, representante federal da Associação Nacional da Mineração.
Por Carlos Boução – AID – Comunicação Social
Fotos: Baltazar Costa