Carteira de Habilitação gratuita: É verdade ou é um golpe?

Pessoas que recebem menos de dois salários mínimos ou que estão desempregadas há mais de um ano têm direito a participar do programa CNH Social, instituído pelos governos estaduais. Esse é o público alvo de um novo golpe que está sendo disseminado no WhatsApp por hackers, segundo a empresa de segurança digital PSafe. Mais de 270 mil brasileiros nessa condição já receberam a mensagem falsa e a empresa estima que 3 milhões ainda podem receber.

Com a promessa de que há uma nova seleção de candidatos à CNH Social, o golpe solicita ao usuário o preenchimento de seus dados pessoais como nome completo, data de aniversário e estado em que mora. Em seguida, ele é induzido a compartilhar a falsa promessa com dez amigos ou em cinco grupos do WhatsApp.

Após clicar três vezes no botão compartilhar, é redirecionado para uma página no Facebook que contém posts sobre outros programas governamentais, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, com intuito dar credibilidade ao anúncio. Até o momento, a página conta com mais de 4,5 mil seguidores e o post da promessa já tem mais de 10 mil compartilhamentos.

Ao fazer isso, os  cibercriminosos estão ampliando sua base de contatos para a veiculação de novos golpes e pode até ganhar dinheiro expondo ou vendendo dados pessoais dos usuários, de acordo com a empresa.

“Diariamente, centenas de milhares de links maliciosos são espalhados via WhatsApp sem que as pessoas saibam que estão ajudando os hackers a disseminarem seus golpes. Queremos alertar a população para que evite clicar ou compartilhar links sem antes conferir se são verdadeiros ou falsos”, afirma Emilio Simoni, diretor da PSafe.

Ele reitera a necessidade dos usuários de smartphone terem instalado um software de segurança com a função ‘anti-phishing’ ou ‘anti-hacking’, pois esse sistema é capaz de analisar todas as ameaças existentes no mundo virtual e alertá-los em tempo real sobre as ameaças recebidas.

Em nota, o WhatsApp afirma que não usa “aplicativo para enviar mensagens para seus usuários e trabalha cuidadosamente para reduzir as mensagens indesejadas que chegam por meio de seu sistema”. A empresa recomenda bloquear o remetente, desconsiderar a mensagem e apagá-la. E para evitar mais danos, nunca compartilhe esse tipo de mensagem suspeita oferecendo serviços inéditos.

Giovanna Sutto
infomoney