Novo sistema de captação de água de Marabá entra em operação

A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) colocou em operação nesta quarta-feira, 4, o sistema emergencial de captação de água do rio Tocantins, na Estação de Tratamento de Água da Nova Marabá, no município do sudeste do estado. O novo sistema conta com uma estrutura de duas bombas de sucção e uma tubulação de 147 metros, que está levando a água diretamente para o tratamento na estação. “Nós chegamos a fazer um teste bem sucedido ontem e hoje de manhã colocamos o sistema em operação”, informou o gestor da Cosanpa em Marabá, Paulo Barbosa.

Uma tubulação de 147 metros faz a captação de água numa área mais distante do Rio Tocantins

O novo sistema chega para por fim ao rodízio no abastecimento de água de dois importantes núcleos do município, o núcleo Nova Marabá e a Cidade Nova. O problema começou no dia 30 de agosto e foi provocado pelo baixo nível do rio Tocantins, de onde é feita a captação de água bruta para abastecer esses dois núcleos.

Neste primeiro momento, os técnicos irão acompanhar e avaliar o funcionamento do novo sistema, assim como a pressurização da rede. “Nós tivemos pontos críticos durante esses dias de rodízio de abastecimento em Marabá, como na folha 17 do núcleo Nova Marabá, que devido ser uma área mais alta, sofreu um desabastecimento, tanto que foi preciso levar carros-pipa para a população; e locais como esses vamos ter que acompanhar de perto para ver a água chegar às torneiras dos moradores”, explicou Ângela Rayol, coordenadora técnica da Cosanpa em Marabá.

A montagem dessa estrutura emergencial de captação de água em Marabá custou para a Cosanpa R$ 650 mil. “O que a Cosanpa fez foi montar uma estrutura emergencial para vencer a maior seca dos últimos 40 anos do rio Tocantins e captar água numa área mais distante para garantir um nível de abastecimento que possa fazer a nossa estação funcionar e que deve ser suficiente para abastecer a população”, disse o presidente da Cosanpa, Cláudio Conde. Ele destacou que a obra não resolve a situação do rio. “A seca vai continuar, mas a crise no abastecimento em Marabá vai acabar”, afirmou.

Por Andrea Cunha