Numa ação de enfrentamento ao novo coronavírus em Parauapebas, uma equipe da Secretaria de Assistência Social (Semas) busca convencer os moradores de rua da cidade a se protegerem num abrigo preparado pela prefeitura, de forma provisória, enquanto o município enfrenta a doença. A previsão de permanência é de três meses, quando se espera que a pandemia já tenha passado.
No abrigo, os moradores de rua recebem kit de higiene pessoal, alimentação e condições dignas de repouso. Além disso, são orientados sobre prevenção à Covid-19. Está em planejamento a oferta de terapia ocupacional para o grupo, por meio de oficinas de pintura, canto e artesanato.
Vinte moradores foram abrigados somente nesta quarta-feira, 15, após o trabalho de convencimento pela equipe da Semas. “Esse trabalho de abordagem já existe no município, ofertado pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social, o Creas. Mas nesse contexto de pandemia tivemos que agir mais rápido e estruturar esse abrigo provisório, ofertando proteção social e uma programação em que eles possam estar desenvolvendo habilidades, começando a elaborar um projeto de vida, para que com o serviço continuado da Semas possam sair definitivamente dessa vivência de rua”, explicou a coordenadora do abrigo provisório, Adriany Santos.
Pela legislação, morador de rua não é obrigado a ir para abrigos, e há quem resista aos apelos para viver em espaços preparados pelo governo. Daí, a necessidade de técnicos capacitados da Semas realizarem a abordagem para convencer o morador a se abrigar, o que já é feito pela Prefeitura de Parauapebas.
O trabalho é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), especialmente no que se refere aos cuidados de proteção contra a Covid-19 e possíveis crises de abstinência, visto que muitos dos abrigados são dependentes de álcool e/ou droga.
O secretário de Assistência Social, Celso Souza, falou sobre a importância do abrigo principalmente nesse período em que a transmissão comunitária da Covid-19 chegou a Parauapebas. “É um trabalho de sensibilização. Conversar, explicar para eles dos riscos dessa pandemia e dizer que a prefeitura está disponibilizando esse local. Um abrigo onde eles vão ter direito a café da manhã, almoço, janta, higiene pessoal e um espaço para se abrigar nesse momento tão difícil. Isso evita quem eles fiquem expostos a contrair e também a propagar esse vírus”.
- Texto: Rayssa Pajeú
Fotos: Wenderson Costa 
